A HISTORIA DO BRASIL (Parte 2 - Chegada Da Corte Portuguesa até a Primeira República)

A chegada da Corte Portuguesa

Em novembro de 1807, Napoleão enviou um exército para Portugal através da fronteira espanhola. O príncipe João, e a maior parte de sua corte fugiram de Lisboa, pouco antes da chegada do exército francês, em direção ao Brasil. O príncipe transformou o Rio de Janeiro na sede do governo real de Portugal e decretou uma série de reformas e melhorias para o Brasil. Essas medidas beneficiaram a agricultura e a indústria, além de contribuírem para a criação de escolas de ensino superior.

O príncipe João herdou a coroa portuguesa como João VI em março de 1816. Cinco anos antes de seu retorno a Portugal, seu governo perdeu de forma progressiva o apoio dos brasileiros. A corte era corrupta e ineficiente, o que fez com que o sentimento republicano se estendesse pelo país, influenciado pela Revolução Francesa. Antes de partir para Portugal, em 1821, dom João VI tornou seu filho, dom Pedro, príncipe do Brasil. Dom Pedro foi chamado de volta para a Europa e em 1822, respondendo às súplicas dos nativos e portugueses residentes, anunciou sua negativa de abandonar o Brasil.

O Império do Brasil

Pedro I, perdeu grande parte do apoio do povo durante o primeiro ano de seu reinado, devido às discórdias dentro da Assembléia Constituinte.

Durante o longo reinado de Pedro II, que se estendeu até quase o final do século, a população e a economia se expandiram. A produção nacional cresceu mais de 900%. Foi construída uma rede de ferrovias. Pedro também marcou sua presença na política externa, participando ativamente nos problemas da região.

A principal decisão da política interna durante o reinado do imperador foi tomada devido às pressões para a abolição da escravatura no Brasil. O tráfico de escravos africanos foi proibido em 1853. Uma campanha organizada para a emancipação dos 2,5 milhões de escravos do Brasil foi feita nos anos subseqüentes. Os abolicionistas conseguiram sua primeira vitória em 1871, quando o parlamento nacional aprovou a legislação que declarava livres os filhos nascidos de mães escravas. O liberalismo se estendeu durante os quinze anos. Os escravos maiores de 60 anos foram alforriados em 1885. Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, tornando todos os escravos ainda existentes livres.

Primeira República

Instituída sem indenização para os proprietários de escravos o fim da escravatura levou os grandes fazendeiros a se afastarem do governo. Além disso, enquanto setores do clero faziam clara oposição a certas políticas de Pedro II e um grande número de importantes oficiais do Exército começavam uma o movimento republicano ganhou força em relação ao povo.

Por Júlia Freire